sábado, 28 de novembro de 2009
until u
domingo, 22 de novembro de 2009
formas da nuvem
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
(s)ó (c)abe
eu não sei dizer exatamente quando as coisas começaram a mudar. lembro apenas que tive um sonho e acordei preocupada, depois começei a pensar tanto nessas coisas que acabei tomando atitudes. nem certas, nem erradas. talvez na hora não exata, talvez um minuto antes, um minuto depois. mas o fato é que as coisas se ajeitaram muito bem e as flores voltaram a aparecer. não as mesmas, infelizmente. só que me pararam para pensar em como o outro lado da moeda estaria. se tem uma coisa que clarice me ensinou foi caminhar sem olhar para trás (até gh). mesmo contra minhas vontades, olhei para o que havia ficado. e o ficou foram cinzas e uma rosa. não saberia dizer onde acabava a tristeza das cinzas para começar a alegria da rosa. não sei até hoje. mas naquele momento resolvi que não iria mais olhar para trás e tudo voltou a acontecer naturalmente. Machado de Assis, Saramago, Lispector e até Meyer entreteram meu ócio. eis que nova perspectiva toma essa vida. sem que quisesse ou fosse consultada… meio turbulenta e agitada, cheio de não e sins sem pressa e sem pena. deu no que deu e deu. a moeda trocou de lado e não me avisaram. por enquanto eu espero calada, exatamente como disse lulu santos…
“como quem ouve uma sinfonia de silêncio e luz, nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e som. tem certas coisas que eu não sei dizer”
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
recíproca ?
domingo, 15 de novembro de 2009
Half of my heart - Jonh Mayer
Half of my heart takes time
Half of my heart's got the right mind to tell you that
I can`t keep loving you
Oh, half of my heart
with half of my heart
Your faith is strong
But I can only fall so far so long
Time to hold, later on
You will hate that I never gave more to you
than half of my heart
But I can't stop loving you
But I can't stop loving you
But I can't stop loving you
sábado, 14 de novembro de 2009
tranquilizada
domingo, 8 de novembro de 2009
ano ni mato.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
cale.te
and when the night meets the morning sun ?
eu só não entendi ainda qual é a dificuldade de separar as coisas. pode separar em caixas, não tem problema. pode separar também por cores, cheiros e até sabores se voce quer saber. ah, pode também separar em sacolas. pode ser de mercado, não me importo. É. não é nada demais mesmo, só é preciso separar o que é meu do que é seu. meus dedos, dedos seus. minhas pernas, pernas suas. minha cabeça, cabeça sua. meu amor e amor seu. Não. o seu amor pode ficar junto ao meu, mas nao deixe em caixa, eles podem ficar sem ar. também não deixe em uma sacola para eles nao fugirem. sei já. deixe eles juntos, mas separados de mim e de voce. assim eles poderão voar sozinhos (eu nao sei o seu, mas o meu amor é alado), poderão se encontrar e se desencontrar quando quiserem. não esqueça de deixar um pouco de confiança junto deles, nossos amores saberão o que fazer com ela.
só não fique entrigado com o fato de eu estar pedindo para voce fazer isso por mim. é que se eu precisasse separar sozinha, talvez nao conseguisse separar voce de mim.
don’t close the door, cause I wanna hear you
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quer dizer entao ?
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
socrócio que faz bem
Amar…
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade