sábado, 18 de setembro de 2010

fault

a culpa era toda dela e ela sabia.

nunca teve auto controle. nunca conseguiu separar o amor próprio do amor pelos outros. nunca conseguiu se apaixonar sem depois amar. sempre teve longos relacionamentos, impactantes. sempre soube ser mais amada do que amar, mesmo amando até seu limite.

o limite. seu problema era não saber onde era seu limite.

quando encontrou sua alma gêmea, sua outra metade, a única pessoa que fez todos os pelos do seu corpo se arrepiarem, a única pessoa que a fez suar á menos três, perdeu.

perdeu todos os seus limites.

se entregou rápido demais, amou rápido demais, curtiu pouco cada segundo daquela paixão escrita nas estrelas.
e quando acabou. quando acabou ficou achando que nunca mais iria encontrar sua metade, acreditava que só existia uma.

passou, então, a acreditar em nada.
não acreditava em almas gêmeas, não acreditava em destino, tornou-se uma pessoa desacreditada. não queria mais se casar.

parou de procurar um amor, estava bem sozinha. saia e se divertia com caras diferentes, saia e não se importava em voltar bem. foi capaz de destruir seu coração, não sofrendo, mas criando uma camada fria e espessa em volta dele.

hoje, ela mora com o amor da sua vida, o melhor homem do mundo, o único que a fez sentir o amor entre as veias, o único que a reconquista todos os dias.

uma pena.

ela perdeu a visão do amor. não enxerga o presente do destino. não consegue enxergar sua alma gêmea bem do seu lado.